sábado, 27 de agosto de 2011

Conferência Empresarial debate temor da indústria brasileira com sucateamento

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Palestra de Ernoe Eger na Conferência Empresarial

O temor do sucateamento da indústria brasileira foi um dos principais temas abordados durante a segunda edição da Conferência Empresarial, realizada na última quinta-feira, 25 de agosto na cidade de Gaspar. Na oportunidade, 50 empresários e executivos, todos com poder de decisão nas empresas da região, puderam interagir e atualizar seus conhecimentos com as novas estratégias de mercado para alavancar negócios, durante as apresentações dos quatro conferencistas convidados, tendo “Estratégias de Negócios” com temática principal, proposta pela Forumsul, empresa organizadora do evento.

Uma das palestras que mais tiveram interação foi proposta pelo executivo Ernoe Eger. Ele trouxe ao seleto grupo de empresários o tema “Estratégias de negócios para transformar situações negativas em positivas”. Começou falando sobre a preparação do clima organizacional nas empresas. "Se você olhar nos olhos de seus colaboradores e houver retribuição, o clima é bom e será mais fácil propor mudanças", sugeriu, acrescentando que esse processo é composto por seis fases: a negação, a resistência, a exploração, a aceitação, o envolvimento e o comprometimento.

Comparou o Brasil às potências orientais e destacou que o país é rico em energia e recursos naturais. Por outro lado, é um pobre em outros aspectos. O Japão, por sua vez, é pobre em recursos naturais, mas é um país rico

O temor com o sucatamento das indústrias brasileiras também foi lembrado. Ernoe. Lembrou que ‎70% das exportações brasileiras são de commodities. "O governo está matando a indústria brasileira para manter a inflação baixa", lamentou, complementando que a degradação do parque fabril brasileiro e a perda de know-how, são alguns dos riscos que o Brasil corre ao só exportar commodities.

E ensinou: “A regra básica para um bom administrador é investir a cada ano o mesmo valor que seu equipamento depreciou.

O que ocorre hoje com a China não é nenhuma novidade para Ernoe, que já atuou com executivo europeu, relembrando que isso já foi ocorreu na década de 60 com o Japão, e nos anos 70, nos países chamados “Tigres asiáticos”

Para se nivelar em qualidade com outros países, a China terá que se nivelar em custo no entendimento de Ernoe. Ao comparar o gigante oriental com o Brasil foi taxativo: “O problema não está no sistema. O problema reside nas pessoas”, finalizou.

Novas estratégias na era digital
A Conferência Empresarial iniciou com o tema “As novas estratégias de mercado na era digital”, apresentado por pelo empresário paulista Nelson Acar. Em sua conferência, o executivo propôs o cinema como um mercado a ser explorado. “É o novo varejo digital", defende, se consistindo em uma enorme oportunidade de rentabilizar os investimentos em comunicação.

Para ampliar a presença da empresa neste mercado, Acar sugere a ampliação de investimentos nesta mídia e em negócios em torno de salas de cinema. Citou, por exemplo, as propagandas antes do início de um filme, onde o ideal e despertar o interesse do consumidor para visitar seu site já preparado para vender produtos.

Em São Paulo as construtoras já utilizam essa mídia, convidando esse consumidor a visitar seu estande após a sessão de ciinema. Essa ação conta, inclusive com a tecnologia do celular, com mensagens personalizadas. ”As empresas precisam estar preparadas para gerar negócios em torno das salas de cinemas. É um mercado em expansão”, comentou o especialista em mídias sociais.

O cinema também vai ganhar corpo no mundo corporativo, destinando seu espaço, quando ocioso, para o treinamento de equipes, realização de eventos, vídeo conferências e palestras. “Mas para alcançar os resultados esperados é preciso identificar esse público, seus hábitos e a freqüência com que vai ao cinema”, destacou Acar, acrescentado que isso é necessário, pois o publico de cinema é muito heterogênio.

Informação: a alma da estratégia de negócios
Na conferência “Gestão da Informação: a alma da estratégia de negócios”, ministrada por Cássio Henrique Furtado Ramos, os executivos presentes analisaram o comportamento dos consumidores, onde é preciso levar em conta o racional e o emocional, concluindo que realizar somente pesquisa para colocar um produto no mercado pode não ser o suficiente.

Cássio apresentou números para defender sua tese. Em 1989 sete em cada 10 produtos lançados fracassavam. Em 2009 esse número aumentou: nove em cada 10 produtos lançados falhavam, mesmo com o aumento dos investimentos em pesquisas.

O conferencista assinalou que ‎85% de nossas ações vêm do inconsciente e uma avaliação errada pode causar impacto no produto. “O segredo está na mistura do bolo. As pessoas não sabem o que querem até que você mostre para ela que é possível”, ensinou, acrescentando que nem sempre é possível entender os próprios desejos.

“Conscientemente, não sabemos o que queremos e será cada vez mais difícil entender o que as pessoas procuram”, finalizou.

Case Hering: Estratégia de mercado para o crescimento
Como uma empresa saiu de um processo de crise e ampliou seu faturamento de R$ 300 milhões para RR 1 bilhão em pouco mais de cinco anos. Carlos Tavares D´Amaral, diretor administrativo da Cia Hering, finalizou a Conferência Empresarial, mostrando o case Estratégia de mercado para o crescimento.

Amaral relembrou que o primeiro contato da empresa com o varejo ocorreu em 1994, mas a ação só começou a tomar corpo a partir do início dos anos 2000. Entre 2000 e 2003, a Hering faz uma ampla reestruturação operacional. Reduz marcas, prioriza a rentabilidade e começa a agregar valor às marcas em razão das lojas.

Entre os anos de ‎2003 e 2006, a Hering viveu um período de reestruturação financeira, com renegociações de dívidas. Foi o início de uma nova era. A empresa poderia voltar a crescer. Já nos anos de 2006 e 2007, a empresa blumenauense relançava ações no mercado (IPO).

Era momento de um novo plano estratégico de negócios, baseado em três pilares com objetivo de reconquistar o consumidor B e C: A empresa se reposicionou como marca acessível e expandiu a Hering Stores complementada pelo varejo.

Atualmente a estrutura de venda da Hering conta com ‎375 lojas Hering Store, sendo 45 próprias e 330 franqueadas. Conta ainda com três Herings Kids, 77 PUC, 01 loja Dzarm e 16 franquias no mercado internacional. As vendas pela internet já representam o maior faturamento.

A estrutura produtiva da Hering também foi apresentada, mostrando suas ampliações e projetos futuros. A empresa conta com fábricas em Santa Catarina, Goiás e uma unidade no Nordeste, além de escritório em São Paulo.
Uma mudança que resultou na valorização da marca. O preço da marca Hering aumentou, passando dos 156 milhões que valia há cinco anos para R$ 5,6 bilhões.

Por fim, Amaral mostrou o Museu da Hering. O espaço cultural foi aberto com recursos da lei de incentivo à cultura, com foco na educação infantil. A entrada franca e mais de 2.500 visitas já foram registradas em pouco mais de um ano de funcionamento.

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