Teri Yanovitch
Especialista internacional, palestrante e consultora de excelência nos negócios. Atuou por mais de 10 anos no Disney Institute e anteriormente com Philip Crosby, o fundador do conceito Zero Defeitos. Atualmente dedica-se a trabalhar com empresas ao redor do mundo para criar e implementar culturas de excelência empresarial.
Olhando através das “Lentes do Consumidor”
Você se lembra dos
anos 80, quando a qualidade era o principal diferencial competitivo? Depois, nos
anos 90, muitas organizações já haviam conseguido vencer o desafio da qualidade
ao ponto que a maioria dos produtos/serviços tornou-se commodity. Era difícil distinguir entre quem oferecia o melhor
café, o melhor celular, o melhor aluguel de veículos, o melhor plano de saúde
ou o melhor quarto de hotel e por isso o diferencial competitivo tornou-se a
marca. As empresas se esforçavam para que suas marcas fossem reconhecidas e
lembradas pela sua audiência consumidora. Nesta década, em que temos muitas
marcas oferecendo produtos e serviços de qualidade semelhante, o diferencial competitivo está na experiência do consumidor.
Sempre nos foi dito
que os negócios baseiam-se no bom senso, dados, informações e a lógica: temos
que ser sérios e não podemos nos envolver no emaranhado dos aspectos
emocionais. Pare por um momento - agora pense na melhor experiência como
consumidor que você já teve. Encontrou dificuldades ao pensar em uma? Isso é
por que não há muitas delas. As poucas boas experiências como consumidor
satisfazem tanto suas necessidades físicas quanto suas necessidades emocionais.
Muitos negócios se
esforçam muito para suprir as necessidades físicas, porém poucos dão atenção aos
aspectos emocionais. No entanto, as emoções são lembradas por muito mais tempo
do que qualquer outra coisa.
Recorde o seu
primeiro amor e as emoções de felicidade e agitação que você experimentou.
Agora relembre a separação e os sentimentos de tristeza e solidão. Feche os
olhos e relembre sua primeira promoção no trabalho, o orgulho e a emoção que
você sentiu.
Nós todos somos
seres humanos e, portanto, todos temos emoções. Então, por que ignorar esse
importante elemento da experiência do consumidor? Estudos mostram que 85% dos
líderes de negócios acreditam que as emoções podem proporcionar um
diferenciador sustentável a longo-prazo, porém apenas 15% estão fazendo algo a
respeito.
As empresas que
hoje querem atrair e reter clientes devem focar em desenvolver uma conexão
emocional em cada interação com os seus clientes.
Uma forma de conseguir isso é olhar através das “lentes do consumidor”.
Peça aos seus
funcionários para considerar estas duas simples questões quando eles interagem
com um cliente: Quais são as emoções envolvidas na interação? Quais são as
necessidades do cliente?
Em muitas empresas,
o tratamento dado aos clientes é o mesmo, uma mentalidade do tipo “próximo da
fila”.
Ao entender as
emoções do consumidor e ao entender suas necessidades, seu funcionário estará
em uma melhor posição para criar essa ligação emocional.
Considere, por
exemplo, a situação de um gerente de crédito em um banco. Será que as emoções
de um casal jovem comprando sua primeira casa são as mesmas emoções e
necessidades de um experiente comprador de bens imóveis requisitando um
empréstimo? Obviamente não, as emoções do jovem casal são de entusiasmo,
ansiedade e incerteza. O que eles precisam do gerente é um senso de entusiasmo,
mas também confiança e o esclarecimento do processo de empréstimo. As emoções
do comprador experiente são de impaciência, eficiência; ele necessita de segurança,
conhecimentos e agilidade do gerente de crédito. O produto final é o mesmo: um
empréstimo, mas a experiência individual do cliente é única.
A criação de um
vínculo emocional com seus clientes trará sua organização para fora das
fronteiras de seus concorrentes. É um
vínculo que fará com que seus clientes continuem voltando por que você alem de satisfazer suas necessidades físicas, também
lhes proporciona experiências memoráveis.
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