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Executivos
de primeiro escalão do Vale estiveram
reunidos
com especialistas, na cidade de Gaspar
Ao longo de toda a última
terça-feira, dia 26 de agosto, executivos de primeiro escalão do Vale do Itajaí
ouviram e debateram com especialistas, os cenários econômicos e políticos do
Brasil Pós-Novembro, tema principal da 10ª Conferência Empresarial da ForumSul.
A reunião ocorreu no Fazzenda Park Hotel, em Gaspar.
A 10ª Conferência Empresarial ocorreu no calor da campanha
eleitoral para presidente, governadores, Senado, Câmara Federal e Assembleias
Legislativas. Os debates foram distribuídos em cinco fases, contemplando temas
que abordaram as condições macroeconômicas e sociais; além cenários políticos
do país. Uma atenção especial foi dedicada aos riscos e oportunidades de
negócios em qualquer dos cenários possíveis.
As
apresentações técnicas ficaram sob responsabilidade da equipe de
macroeconomia e política da Tendências Consultoria Econômica, empresa
capitaneada por Mailson da Nóbrega e Gustavo Loyola e um dos mais renomados
institutos de estudos econômicos da América Latina.
O
executivo André Armin Odebrecht, diretor dos grupos Cassava e Bovenau, passou
uma visão regional do processo e das expectativas no meio empresarial. Félix
Christiano Theiss, consultor da Félix Theiss & Associados e ex-prefeito de
Blumenau, fez uma conferência motivacional, mostrando a importância da ampla
participação do empresário no processo político.
Rafael Cortez e as perspectivas
e cenários políticos para 2015-2018
Rafael Cortez, especialista em instituições brasileiras,
política comparada e economia política e doutor em Ciência Política pela USP,
foi o primeiro conferencista do dia. Falou das Perspectivas e cenários políticos para 2015-2018.
Cortez iniciou sua apresentação mostrando o cenário político
eleitoral atual e as alterações no cenário após a morte de Eduardo campos. Ressaltou
que descontentes com a política, desgostosos com o governo e defensores do
legado de Campos, podem favorecer a candidata que o substituiu. E pontuou que
haverá segundo turno para as eleições presidenciais.
Ao traçar um paralelo entre política e economia, pontuou que
são mundos distintos e que o grande desafio dos candidatos é casar os dois, já
que o voto do eleitor tem uma relação muito próxima com o desempenho da
economia. “O eleitor avalia o governo de acordo com a melhoria do seu bem estar”,
resumiu.
Pesquisas espontâneas mostram que a preferência do eleitor
não está cristalizada. Cortez afirma que essa será a eleição mais incerta desde
1989.
O candidato que alcançar os que ganham até 2,5 salários
mínimos será o vencedor. Um universo de 67% dos eleitores. Minas e SP representam
33% do eleitorado total.
Ao comparar as propostas dos três candidatos favoritos nas
pesquisas, mostrou um cenário otimista e ideal para o mercado, contemplando metas
de inflação, câmbio flutuante e responsabilidade fiscal. Na análise pessimista,
a inflação rompe o teto e existe a desvalorização cambial.
Sílvio Campos Neto: Consequências
e Cenários Econômicos
Com amplo conhecimento de mercado, o mestre em economia Sílvio
Campos Neto trouxe muitos números em sua apresentação onde abordou Consequências e Cenários Econômicos.
Em seu início de apresentação, Campos assinalou que a crise
internacional não é motivo para o baixo crescimento do nosso PIB. Sustenta que Brasil
perdeu o ritmo econômico nos últimos anos e prevê que média de crescimento 2011
a 2014 ficará em apenas 1,7%. Expectativa de 0,6% para 2014.
“A festa do consumo acabou”, decretou o economista,
acrescentando que houve um descompasso entre oferta e a demanda. O foco
excessivo em políticas de estímulo ao consumo gerou perda de competitividade e
ampliação de desequilíbrios. Para suprir isso, houve aumento de importações.
Fator que acabou deteriorando as contas externas e inflacionando os serviços. “Consumo
terá que crescer de forma mais alinhada ao PIB nos próximos anos”, recomendou.
Seus estudos apontam ainda o desempenho decepcionante do
setor industrial. Para 2014, a projeção é de queda de 2% na produção da
indústria de transformação (PIM). Aspectos conjunturais e estruturais têm
prejudicado o setor. As dificuldades devem persistir nos próximos anos, mas o comportamento
também será muito afetado pela agenda do próximo governo.
O panorama de curto prazo para inflação prevê mudança em
curso na dinâmica entre preços livres e administrados. Um processo que tende a
se intensificar no próximo ano. A principal incerteza refere-se ao ritmo da
correção dos represamentos de preços. Em 2015, os maiores impactos virão junto
com os reajustes em energia, combustíveis e transportes públicos.
Num cenário otimista, as perspectivas para indústria, prevêem
agenda de desburocratização; reforma ou simplificação tributária; fim do
controle de preços; mudança da política de comércio exterior e a recuperação de
confiança.
O Brasil tem com principais restrições, na análise do
especialista, possui uma baixa ociosidade de mão de obra e reduzido nível do
investimento do PIB. No ambiente de negócios, a questão tributária segue como o
pior aspecto do Brasil.
Sua previsão aponta para que o crescimento potencial do
Brasil é próximo de 3%. Não mais que isso. O dólar segue trajetória de alta nos
próximos anos.
Por fim, defendeu a necessidade de um ajuste fiscal, mesmo
que modesto, de maneira imperativa. Mesmo num cenário pessimista, instituições
devem reagir para evitar a “argentinização”, finalizou.
Uma visão regional
com o empresário André Armin Odebrecht
A 10ª Conferência Empresarial foi retomada no início da
tarde, com o executivo André Armin Odebrecht, da Cassava e da Bovenau, além da Victor
Ohf Administração de Bens Ltda, empresas instaladas em Rio do Sul, com filiais
em diversas cidades do país. Tem uma vasta formação acadêmica que inclui cursos
de especialização e pós-graduação no exterior. Tem uma grande participação nas
entidades empresariais. É vice-presidente regional da FACISC; presidente do
conselho superior da ACIRS; vice-presidente de relações empresariais do
SIMMMERS e Diretor da FIESC. Ele trouxe a
visão regional para enriquecer a Conferência.
Andrê Odebrecht foi taxativo ao definir a infraestrutura
como indecente. Os empresários convivem com altos custos e perda de
competitividade em razão disso. Em todo momento é preciso focar na logística,
pensando em como diminuir custos.
Aponta como um grande desafio, a necessidade de qualificação
da mão de obra, com cursos técnicos dirigidos às necessidades locais. A falta
de educação básica também inibe o ingresso de alunos. É defensor de uma reforma
educacional.
Em sua apresentação, elencou outros problemas gerais: PIB
estagnado; recessão no setor industrial; ineficiência governamental; falta de
velocidade dos PACs; projetos mal feitos e a burocracia. A carga tributária
alta e complexa completa a lista.
Por fim, apontou algumas soluções: inovação, criatividade; parcerias
privadas com o setor governamental; a flexibilidade nas relações trabalhistas e
uma carga tributária competitiva e ágil.
As Oportunidades de
Negócios com Frederico Estrella Valladares
A apresentação de Frederico Estrella Valladares foi recheada
de números da economia mundial e brasileira para mostrar quais são as melhores Oportunidades de Negócios entre 2014 a 2018,
onde abordou quatro pontos, antes da conclusão sobre o futuro do país: aceleração
e estagnação; perspectivas setoriais e regionais; ambiente de negócios e
oportunidades; fontes de financiamentos nos próximos anos.
Começou sua apresentação falando dos patamares históricos de
commodities, com mineração, óleo, gás e agronegócios sendo os setores mais
impactados. Outro ponto foi o aumento da disponibilidade do crédito a partir de
2000. Os setores mais impactados foram o automotivo, a construção civil e o
sistema financeiro.
Com aumento de emprego e renda, houve ampliação do consumo.
Varejo, logística e serviços a famílias foram os setores que mais ganharam. Houve
crescimento no volume de transações nos mais diferentes setores. Mas houve um
esgotamento do modelo adotado, exigindo novos desafios: serviços públicos
deficientes; infraestrutura precária; ambiente de negócios desfavorável; baixo
crescimento da produtividade e baixa integração nacional.
No Brasil, o crescimento da produtividade é limitado e tem
declinado nos últimos anos, apontou o especialista, afirmando que o país cresceu
aumentando a capacidade ociosa e não aumentando a produtividade. O Brasil
também sofre com a reduzida integração internacional.
Como perspectivas setoriais e regionais, as perspectivas de
crescimento ainda serão desiguais. “E a Região Sul é a que terá o menor
crescimento”, comentou. O setor agropecuário é que vai mais crescer no Sul, com
2,8% de aumento entre 2015 e 2019. Depois vem a indústria.
As melhores oportunidades de negócios para os próximos anos,
em sua análise, são: investimentos em infraestrutura; serviços públicos;
mudanças de hábitos da população e mudanças tecnológicas. Na infraestrutura, sugere
olhar com atenção a logística e o transporte; energia e a gestão ambiental
(resíduos sólidos e saneamento básico).
Nos serviços públicos, a aposta é em parcerias público-privadas
nos setores de saúde, educação, atendimento ao cidadão, sistema prisional,
prédios públicos, iluminação pública, cultura, logística e estacionamentos.
Foi pontual com o BNDES, assinalando que o banco de fomento
não pode mais continuar financiamento infraestrutura no mesmo volume dos
últimos anos. Chegou ao limite.
Com fontes de financiamento, sugere um novo ciclo:
investidores financeiros (Private Equity); mercado de capitais (dívida e
equity); bancos comerciais e de investimento; bancos de fomento (nacional e
internacional) e parcerias (regional, nacional e global).
A fazer suas conclusões, finalizando sua participação na
Conferência, Frederico Estrella Valladares, comentou que existe elevada
indefinição do cenário para negócios e que existem oportunidades mesmo com
crescimento modesto. Para isso é preciso ver horizonte de transformação de
longo prazo.
Félix Theiss: O
empresário não pode ficar alheio ao processo
Com um discurso motivador, mostrando fatos que mancharam a
política nacional nos últimos anos, Félix Theiss, consultor e ex-prefeito de
Blumenau, conclamou a classe empresarial a participar mais ativamente das
decisões políticas do país e a cobrar ações de maneira imperativa junto aos políticos,
a quem considera empregados do povo.
Félix começou Felix começou abordando a questão ética que
faz o cidadão fugir da política. Toda sua apresentação foi pontuada por escândalos
políticos que foram notícia nos últimos anos. Tudo para mostrar importância do
setor empresarial a se envolver e cobrar mais.
Encerrou sua apresentação mostrando a visão de Henry Ford
sobre o automóvel, em 1907, quando lançou os carros sem estradas e postos de
combustível. Contou isso para ilustrar o papel de um verdadeiro líder. Por fim,
aconselhou os empresários a fixar metas.
O que é a Conferência
Empresarial ForumSul?
A Conferência Empresarial Forumsul é formatada para
propiciar exposições e debates de ideias, apresentar cases, novidades e informações sobre a gestão empresarial moderna.
Cada edição conta com a participação de empresários, investidores ou executivos
com poder de decisão nas empresas.
A próxima será no mês de novembro, com o tema principal
girando em torno da efetivação de novos negócios na era digital.
Apoiadores
Foram anfitriões da 10ª Conferência Empresarial, as empresas:
J. Prayon Partners; a MDS Consultores de Seguros e Riscos e a Tendências
Consultoria Integral. O evento também teve o patrocínio da Teiko, HBSIS,
Bovenau, Cassava, WK Sistemas, Santa, ACIB e Free Multiagência. CrossCultural,
Rádio Nereu Ramos, Rádio Clube de Blumenau, Rádio CBN e o Portal Noticenter, a
Tendências Consultoria Integradas, a Felix Theiss & Associados e a Informe Comunicação/Assessoria
de Imprensa foram apoiadores institucionais.
Giovani Vitória
Jornalista
Informe Comunicação
Assessor de Imprensa da Forumsul Conferências Empresariais
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