sexta-feira, 13 de abril de 2012

GOVERNANÇA CORPORATIVA








Alidor Lueders

Estratégia: crescer e desenvolver criando valor para o negócio



Atualmente os países emergentes geram oportunidades de negócios principalmente decorrentes de:

mineração (ex.: uso do aço em construções);
aumento da renda;
aumento dos preços de matéria-prima.

O que coloca o Brasil na mira dos investidores estrangeiros, e muitas empresas estão sendo assediadas para parceria, fusões e aquisições o que pode se constituir numa importante oportunidade de desenvolvimento do negócio, de produtos, processos, tecnologia, etc. As oportunidades se oferecem em diferentes áreas:
energia (exportar etanol, biodiesel, etc.);
alimentos (extensas áreas agricultáveis);
diversidade climática abriga variedade de culturas (produção de grãos);
metais (reserva de minério de ferro e bauxita).

A situação atual, em vista da abertura econômica, gerando oportunidades de mercado e ameaças de importados e/ou instalação de empresas estrangeiras no país, impõem a revisão do posicionamento estratégico da empresa. Através da estratégia a empresa busca criar uma vantagem competitiva perante os seus concorrentes e ganhar mercado. Toda a ação estratégica busca um resultado, podendo ser sob diferentes óticas – seja política, que é o poder; ou econômica, a geração de riqueza. 
No âmbito empresarial buscam-se resultados práticos, ex.: o crescimento, o desbravamento de novos mercados, a criação de novos produtos, etc. podendo entre outras alternativas contar com “sócios estratégicos financeiros” como Private Equity ou “sócios estratégicos de negócios”, como Joint Venture, parceria, etc. 
Entendemos que, a formulação da estratégia avaliando o ambiente ou cenário, conhecendo a própria empresa (forças e fraquezas), seus concorrentes e o ambiente competitivo (ameaças e oportunidades), agrega valor para a empresa.

Recomendamos que a estratégia de negócios leve em conta a estrutura do mercado em que a empresa opera, considerando, conforme Michael Porter, os fatores de competitividade:
ameaça de novos participantes, ex.: o Brasil atualmente está recebendo investimentos do exterior nas mais diferentes áreas (serviços, comércio, indústria, etc.);
poder de barganha dos fornecedores, pois a dependência de poucos fornecedores pode gerar riscos elevados com impactos em custos e mesmo com falta de recursos motivados por greves;
poder de barganha dos clientes, veja-se que os grandes varejistas pelo seu tamanho tendem a impor preços e/ou condições de fornecimento, marcas, etc.;
ameaça de produtos substitutos, ex.: introdução cada vez maior de plástico, a preservação do meio ambiente exigirá produtos menos poluentes; e 
intensidade da rivalidade entre os competidores, que pode levar a concorrência desleal.

Importante explorar na estratégia os pressupostos para diferenciação com os competidores:
a) foco em nova visão do negócio – Onde estamos? Para onde iremos? (concepção de novo modelo de negócios e promoção dos ajustes interno, visando gerar uma vantagem em relação aos concorrentes);
b) foco na concepção de uma estratégia única de negócio (diferenciação de atuação em relação aos concorrentes, face a um mesmo cenário de transformação do setor);
c) foco no longo prazo e amplo escopo.
Mas devemos atentar, relativamente ao plano, o que diz respeito:
a) a rigidez na crença de prognósticos com bases numéricas (ex.: PIB, inflação, câmbio, etc.) que pode comprometer o plano, se fatores novos e adversos surgirem (ex.: importações, produtos substitutos, crise, etc.);
b) a curva de aprendizagem é importante, mas o excesso de oferta de um produto oferece facilidade de imitação a ser feita pelos concorrentes, pois o nível de informação e de técnicas de produção e gestão estão ao alcance de todos;
c) ao excesso de formalismo, na avaliação do ambiente, pode engessar as atividades da empresa, pois a empresa deve estar preparada para enfrentar ambientes de volatilidade e mudanças de maneira rápida e eficaz, ao mesmo tempo em que aproveita as oportunidades que se apresentam;
d) a divulgar e comprometer todos os níveis da empresa, na visão global e diretrizes do plano, para orientá-los para o futuro desejável, e permitir que os departamentos avaliem a melhor forma de trabalharem em conjunto para darem respostas mais rápidas e eficazes; 
e) ao processo estratégico ser flexível, para permitir fazer ajustes durante a execução das atividades. O importante seria envolver os níveis inferiores no processo decisório, comprometendo-os nos objetivos;
f) a integração horizontal entre as diversas divisões e departamentos, decorre do processo de flexibilização do processo decisório e pressupõe delegar autonomia de decisão a níveis inferiores, fazendo com que o poder de decisão seja compartilhado.

Concluindo, cabe ao governo criar um ambiente de negócios eficiente, melhorando os fundamentos básicos – educação, saúde, infraestrutura, etc. – tornando-o menos burocrático e menos oneroso. Mas cabe as empresas inovar continuadamente e se reinventarem, e discutir novas estratégias para manter o seu ritmo de crescimento, especialmente para conseguir competir em mercados globais.

Enfim, a empresa na formulação de suas estratégias deveria avaliar os líderes do setor, inclusive empresas internacionais, como fonte ou subsídio, para melhorar e expandir os seus negócios e/ou mesmo como alternativa de busca de recursos financeiros, tecnológicos, complementação da linha de produtos ou ampliação de mercados, parcerias, etc. 

Não seria a hora de parar, refletir e reavaliar as estratégias da empresa para a continuidade do seu crescimento e desenvolvimento atuando num mercado global?





Alidor Lueders
DPL Consultoria Empresarial 
11/04/2012

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